FERRAMENTAS PRÁTICAS NO ENSINO DE
FORMAS DE RELEVO – GOOGLE EARTH EM SALA DE AULA
Dhyonne Fernandes Pessoa
O ensino de formas de relevo para
alunos do ensino fundamental esbarra em dois grandes problemas observados:
Falta de compreensão do funcionamento dos mapas físicos e a pouca noção de
escala. A atividade desenvolvida visa utilizar uma ferramenta Google Earth que é
de fácil acesso, para auxiliar os alunos a compreender na prática e de maneira
dinâmica as formas de relevo.
Metodologia: Para ter noção de como se dá a
compreensão dos mapas físicos contou-se com o auxílio de três voluntários: meu
primo de 10 anos de idade, minha prima de 11 anos de idade e meu avô, com 62
anos de idade e sem escolarização. Em um primeiro momento foram mostrados dois
mapas físicos: um do Estado do Paraná e, em seguida um do município de Santa
Helena. Constatou-se a dificuldade que era a compreensão em escala grande,
quando se tratou do primeiro mapa, que contava com uma riqueza de detalhes
muito inferior ao mapa em escala menor que mostrava o município de Santa Helena,
por ser uma região conhecida pelos três e possuir muito mais detalhes foi
facilmente assimilado. Em segundo momento utilizou-se o Google Earth, para
mostrar o funcionamento do mapa físico. Com base informações obtidas pelo
próprio programa, elaborou-se um Mapa Físico do município de São José das
Palmeiras, com curvas de nível em intervalos de 25 metros. Com o mapa pronto e
com a imagem inclinada, os voluntários conseguiram compreender como funciona a
dinâmica das curvas de nível e como elas são utilizadas para representar as
variações de altitude.
Esta é uma de maneiras que se pode
utilizar a ferramenta em sala de aula. É possível elaborar mapas simples sem
necessidade de grande conhecimento de cartografia, além do programa permitir
inclinar imagens de satélite, pode-se observar os aspectos do relevo de
determinada região. Com base no mapa elaborado do município de São José das
Palmeiras foi possível facilmente montar uma maquete em escala 1:15600
confeccionada em papelão, o que torna o aprendizado dinâmico, onde o aluno pode
além de observar, utilizar o sentido do tato.
Além do exposto,
o programa fornece outras várias ferramentas que podem auxiliar no aprendizado,
como por exemplo a possibilidade de se consultar imagens de satélite antigas,
que podem ser utilizadas para se fazer a análise de como houve alteração de
determinado espaço ao longo de um intervalo de tempo.