Durante o mês de janeiro de 2018, o subprojeto do Programa de Bolsa de Iniciação à Docência (PIBID) de Geografia “da teoria à prática”, da Universidade Estadual do Oeste do Paraná (UNIOESTE) de Marechal Cândido Rondon, ao invés de realizar encontros semanais, trabalhou na elaboração de atividades práticas diferenciadas. A atividade foi proposta pela coordenadora do subprojeto Dra. Marli Szumilo Schlosser, na última reunião do ano de 2017.
Cada pibidiano deveria pensar em uma atividade lúdica que possa ser desenvolvida nas turmas em que o PIBID atua, elaborando objetivos, justificativas e buscar referências de atividades realizadas e autores referentes ao assunto da atividade. Para que o trabalho não ficasse maçante, a coordenadora elaborou um cronograma, no qual as quartas-feiras eram destinadas à elaboração da atividade.
A ideia da atividade veio a partir da I Mostra do PIBID Unioeste, na qual as pibidianas de Letras/Português haviam elaborado uma atividade fundamentada no jogo “passa ou repassa”. Quanto ao tema, o escolhido foi a diversidade linguística existente no Brasil. A proposta dessa atividade é o trabalho da interdisciplinaridade entre a Geografia e Letras/Língua Portuguesa, justamente porque pode-se perceber que existem muitos dialetos do português e que os mesmos variam conforme a região do país.
Os objetivos a serem alcançados com essa proposta são de que os alunos compreendam as variedades linguísticas existentes em um mesmo idioma e conhecer a diversidade cultural que existe em nosso país. Para a realização da atividade a turma será dividida em dois grandes grupos. No centro da sala terá uma carteira com um celular sobre ela, no qual o aplicativo “aperte rápido” estará aberto e, a cada rodada, um aluno de cada equipe virá até a mesma para responder a uma pergunta. O professor fará a pergunta e dará as alternativas. O aluno que souber a resposta, aperta a tela do celular que está do seu lado. Se ele errar a resposta, a outra equipe terá o direito de responder. E se a segunda equipe que responder errar, a questão será repassada. Cada questão terá quatro alternativas, se em três rodadas ninguém acertar a resposta, nenhuma equipe pontuará. Na questão seguinte, outros dois participantes se dirigem ao centro da sala para responder. E assim sucessivamente até acabarem as questões. Em todas as rodadas, será marcado na lousa a pontuação das equipes e ao final a equipe vencedora receberá um brinde simbólico.
A atividade é indicada para turmas do 7º ano do ensino fundamental, após a apresentação do conteúdo referente às regiões brasileiras. A avaliação pode ser realizada antes mesmo da atividade, com os próprios alunos elaborando as questões e “abusando” da criatividade. Ou também, após a dinâmica, pode se solicitar que os alunos elaborem um texto sobre a atividade, apontem pontos positivos e negativos e suas considerações acerca da variedade e do preconceito linguísticos existentes na sociedade.
Após a apresentação da proposta, os pibidianos fizeram suas considerações sobre a mesma, indicaram ideias de possíveis mudanças. A primeira ideia foi a substituição do celular por algum objeto, como a campainha vista na I Mostra do PIBID Unioeste, que poderá ser elaborada pelos pibidianos, uma vez que o celular poderia ser quebrado pelo manuseio dos alunos. Outra alternativa, dada pela professora supervisora Eliane Liecheski Artigas, foi usar o aplicativo Karhoot, no qual é possível elaborar as questões online e os alunos utilizam seus próprios aparelhos de celular para realizar a atividade. A professora Marli sugeriu que para manter a ordem na sala e não atrapalhar as demais turmas, poderia se designar um líder para cada equipe que organizaria sinais de comemoração e chamar a atenção dos alunos que estivessem fazendo bagunça.
Com a atividade, além de conhecer a diversidade cultural existente em nosso país, pode-se trabalhar com os alunos a forte existência do preconceito linguístico. Conforma Bagno (2007), o preconceito linguístico está ligado às normas de gramática estipuladas com o passar dos anos. E isso é algo que precisa ser discutido em sala de aula, pois é comum pessoas julgarem outras por “falar errado”, sendo que isso é algo cultural de cada região.
REFERÊNCIA
BAGNO, Marcos. Preconceito linguístico – o que é, como se faz. Edições Loyola. São Paulo. 2007.
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