A palestra com o representante Paulo Eduardo Dias de Melo do Núcleo de Formação Docente e Prática de Ensino (NUFOPE), sobre a Base Nacional Comum Curricular (BNCC), ocorreu no dia 05 de Fevereiro de 2016, no Tribunal do Juri da Universidade Estadual do Oeste do Paraná (UNIOESTE), campus de Marechal Cândido Rondon
O palestrante mediou reflexões acerca da BNCC, mencionou em vários momentos que a disciplina de História é menos importante que o trabalho de agulhas, menosprezando-se de certa forma a disciplina. Nesse caso, referiu-se ao desenvolvimento da disciplina “economia doméstica e prendas” nos currículos. Frisou o fato de tudo ser muito programado, conter resistências e o professor ter que seguir o programado. Para o Ensino Médio tornou-se “currículo” o Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM), o ENEM que deveria adotar como base o que é ensinado em sala de aula e não o contrário. De acordo com isso, se um conteúdo sai do vestibular, sai da sala de aula.
Também mencionou que debates curriculares existem desde que existe escola e é preciso a construção de uma educação popular que atenda as camadas mais pobres, porque são elas que mais precisam. Foram citados exemplos de disciplinas que acabam entrando no currículo, como o empreendedorismo, deixando-se, por exemplo, de fora a Geografia ou História. O mundo do componente curricular é vasto de disciplinas, e aquelas em vigência são cobradas dos professores.
Deixou o recado para os professores esvaírem-se dos conteúdos e serem mais objetivos. Considerando fortes os interesses mercadológicos discutindo a BNCC, ficou no ar a questão, será que é interessante insistir em uma base nacional?
Destacou ainda, questões governamentais, disputas internas que acabam a influenciar na construção da base curricular. Relatou que com o passar dos anos, houve muitos avanços, contudo, a parte da criticidade está sendo deixada de lado e portanto, a discussão sobre o assunto deve continuar, até adequar-se integralmente a BNCC com educação.
Tornou-se importante discutir o assunto, devido à base nacional passar por debate, estar recebendo propostas para complementação e/ou aperfeiçoamento, contando que mudanças são necessárias devido à sociedade transformar-se constantemente. Esses diálogos coletivos sobre a política da BNCC são compromissos para a consolidação da educação brasileira.
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